sexta-feira, 30 de novembro de 2007




Beba com moderação
Os filhos de pais alcoólatras têm um risco até 4 vezes maior de desenvolver a dependência. Existem também os fatores genéticos que predispõem ao vício. O álcool provoca o desejo mas rouba a performance do homem nas relações sexuais, podendo torná-lo momentaneamente impotente. Se não bastasse, o uso do álcool aumenta as chances de você ter comportamento de risco para a AIDS (transar sem camisinha).
Um estudo constatou um maior risco relativo para suicídio e acidentes fatais entre mulheres que consumiam acima de 3 doses diárias de bebidas alcoólicas (Ross et al., 1990). Estudos preliminares indicam que beber de maneira excessiva regularmente pode danificar o cérebro de adolescentes e de jovens adultos, destruindo as células que ajudam a governar o aprendizado e a memória.
O álcool está relacionado a 50% das mortes por acidentes de carro, 50% dos homicídios e 25% dos suicídios. O risco de acidentes por ingestão de bebidas alcoólicas pode ser avaliado segundo o quadro abaixo:
RISCOS DE ACIDENTES
DOSE
RISCO
0,6 g álcool por litro de sangue
50% maior do que se tivesse bebido com moderação
0,8 g álcool por litro de sangue
4 vezes maior do que a dose anterior
1,5 g álcool por litro de sangue
25 vezes maior do que a dose anterior


Consequências Físicas do Uso em Excesso
acidentes (no lar, no serviço e nas estradas);
alterações no sangue (hemorragias, hepatite e outras);
ossos e articulações (ácido úrico elevado, degeneração dos ossos e outros);
lesão cerebral (síndrome de Wernicke-Korsakoff, degeneração cerebelar, ambliopia);
câncer (na boca, esôfago, estômago, fígado e outros);
pulmão (pneumonia, tuberculose e outros problemas);
epilepsia;
síndrome fetal (vide parágrafo anterior);
coração (arritmias, cardiopatia, hipertensão e doença coronariana);
lipemia;
hipoglicemia;
fígado (cirrose hepática e outras doenças);
miopatia;
pancreatite;
neuropatia (ou neurite) periférica);
sexo (disfunção testicular e impotência); e
esôfago e estômago (efeitos corrosivos diretos do álcool sobre estes órgãos como: gastrite, úlcera péptica, esofagite e síndrome de Mallory-Weiss). FONTE: Revista Plantão Médico - Drogas, Alcoolismo e Tabagismo, Editora Biologia e Saúde, Rio de Janeiro, 1998, pág.67.
Outros Dados sobre o Álcool
É preciso saber que o álcool é a porta de entrada das drogas !.
A idade em que o adolescente começa a tomar álcool está cada vez menor, com a média atual em 13 anos.
As causas do alto número de pessoas dependentes de bebidas alcoólicas no Brasil deve-se, principalmente, à cultura nacional. A cerveja, p.ex., é aceita como uma bebida tradicional e a cachaça é conhecida como "caninha da roça", "bebida de macho" e outros slogans.Você bebe no frio para esquentar e no calor para esfriar.
Para acabar com o vício, o usuário de álcool precisa ter consciência do problema que está enfrentando e o desejo de se livrar dele. Isso pode ser feito através da desintoxicação em Clínicas Especializadas e com o indispensável apoio e compreensão da família.
Em geral, nosso fígado leva uma hora para processar 30 gramas de álcool (aproximadamente uma latinha de cerveja).
O álcool interfere no processo de concentração no trabalho e os alcoolistas estão justamente na faixa de maior produtividade do indivíduo (entre 25 e 45 anos).
O álcool é responsável pela maioria dos acidentes de trânsito, porque altera a percepção do espaço, do tempo e a capacidade de enxergar bem.
O alcoolismo é uma doença crônica, incurável e progressiva, que mina o organismo, atacando todos os seus órgãos.
Pesquisa realizada em 5 capitais brasileiras revelou que 45% dos jovens entre 13 e 19 anos envolvidos em acidentes haviam ingerido bebida alcoólica.
O consumo global, expresso em g/kg peso corporal, multiplicado por anos de bebida, fornece um elemento preciso de previsão da incidência de cirrose hepática.
A lesão hepática é a consequência (a longo prazo) mais séria do consumo excessivo. Ocorre um aumento do acúmulo de gordura (fígado gorduroso), que progride para uma hepatite (inflamação do fígado) e termina com necrose e fibrose hepáticas irreversíveis.
Por não apresentar cargas elétricas e por ser altamente solúvel em gorduras, é rapidamente absorvido pelo organismo. Uma quantidade apreciável é absorvida já no estômago. Ingerido com o estômago vazio, produz um efeito muito maior.
Cerca de 90% do álcool é metabolizado no corpo e 5 a 10% é excretado (sem modificações) no ar expirado e na urina. Essa fração serve de base para a estimativa das concentrações sanguíneas de etanol por dosagens na respiração (bafômetro) ou na urina.
Admite-se que a proporção entre as concentrações de etanol no sangue e nos pulmões seja de 21%, ou seja, 1 mg de sangue contém uma quantidade de álcool equivalente à que contém 2,1 litros de ar dos pulmões. A concentração na urina é mais variável e fornece uma medida menos precisa das concentrações sanguíneas.
A taxa de eliminação do etanol do organismo praticamente independe de sua concentração no sangue e corresponde, no homem, a cerca de 0,1 g/kg peso.hora ou cerca de 10 ml/h em uma pessoa normal.
Os alcoólatras são difíceis de se anestesiar com drogas como o Halotano.

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